quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fado

Eu e tu na voz de alguém que dobra as esquinas da poesia como se respirasse em verso. Já tinha saudades desta nossa paixão de olhos fechados e páginas por ler, do teu cheiro a noites de inverno e tardes de verão em Lisboa, do que fazes tremer cá dentro quando falas para mim. Andámos fugidios e desencontrados, mas apaixonei-me por ti outra vez. Duas vezes em simultâneo. Eu e tu, sozinhos, enquanto ressoas pelo meu quarto, com o volume no máximo. Ainda bem que voltaste a bater à minha porta, querido Fado.

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