terça-feira, 21 de abril de 2009

Lisboa

Nunca nos atrasávamos, quando chegava a hora de nos encontrarmos. 1 e meia da tarde, Alameda. 10 da manhã, Cais do Sodré. 6 da tarde, Sete Rios. 2 da tarde, Entrecampos. Tempo contado ao segundo, pelos comboios que tínhamos de apanhar de volta. Lembro-me de rasgar Lisboa de mãos dadas contigo. Desbravámos cada pedra da calçada, enquanto nos ensinámos um ao outro. Os fados e as lojas do costume eram sempre novidade, como os bancos em que nos sentámos a olhar para o rio. Lanches, noites e dias sem hora marcada para a despedida.

Tenho saudades de te aprender num abraço perdido, numa qualquer estação de Metro. 

Ainda existe Lisboa para nós, meu amor?

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