quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Sonhos como esquinas, como livros

Dobram-se e desdobram-se os sonhos como se fossem esquinas. Como se fossem os cantos de um livro demasiado lido para se guardar na prateleira. Mas nunca se viram as páginas, com medo do capítulo que vem a seguir. Fechar os olhos e fingir que não se sabe ler. Só porque não se quer.

"Lembro Novembro passado,
quando os dias eram curtos
e as noites de fado
rasgado, cantado, sentido.
No Deus que criámos
aprendemos a viver de cor, meu amor...
E agora, é hora e tudo fica por fazer.

Quero-te dizer mais uma vez que te amo,
talvez, te quero, te espero e desespero por ti,
e que isso só por si me chega p'ra viver,
mesmo quando só houver:
Silêncio...
Imenso..
e dor...
E pior, meu amor,
a lembrança que descansa:
os olhos teus nos meus..."

Pedro Abrunhosa - É Preciso Ter Calma

1 comentário:

Inês disse...

(se reparares bem, vês que a ordem não é relevante *)