quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tropeções...

Cansada. Ligeiramente desmotivada por entre recortes de sonhos que vão ficar pelo caminho (mesmo que seja só por agora). O meu telemóvel tira fotografias bonitas e sou eu que carrego no botão. Ainda ouço música boa, mas começo a ter demasiados guilty pleasures. Ainda gosto de ti, mas tu não queres nada comigo. Recomeçar a demanda de enviar currículos para todo o lado. Quero um ordenado. Quero uma casa só para mim. Uma hora e meia para chegar a casa. O barco partiu. Duas horas para chegar a casa. Sossego. Quero um fim-de-semana só para nós. Lembras-te das coisas simples da vida? É só isso: miminhos. Puntz puntz puntz. MP3 sem bateria e sem espaço para o que quero ouvir hoje. Não sei o que quero ouvir hoje. Estúdio, microfone, rádio. A minha voz a sair de uma coluna qualquer. Hoje não, nem amanhã, nem sequer depois de amanhã. Está quase a acabar. Ainda falta tanto, ainda nem sequer comecei. Estou a ficar pelo caminho sem dar conta. É preciso dar mais, é preciso dar mais, é preciso dar mais. Sempre mais, mesmo que já não exista mais nada para dar. Já falta pouco para acabar. Recomeçar do zero. Inteligência, trabalho, vontade. O amor pelo que sabemos ser nosso não se perde, mas ficou algures lá para trás. Já posso chorar? É só um bocadinho. No fim levanto-me e vou-me embora. Prometo.



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