Há uma certa polifonia em ti. Uma frase que ainda não sei ler, toda ela poesia, toda ela qualquer coisa que nunca consegui deslindar. Gostava de poder encostar a cabeça no teu ombro e fingir que está tudo bem, que nunca nos conhecemos, por isso nunca nos amámos. Que tal? A fingir que sempre vivemos de olhos fechados e nunca tropeçámos nos pés um do outro. A fingir que não me ensinaste coisa alguma a não ser existir no escuro, de mãos dadas para que não me perdesse na multidão. Por exemplo. Também podíamos fingir outras coisas que agora não me lembro, mas não interessam para o caso.
Tenho o coração dormente de ser sempre tudo tão desfocado à tua volta.
Tenho o coração dormente de ser sempre tudo tão desfocado à tua volta.
2 comentários:
não interessa com quem é mas ainda bem que não é comigo xD
vês-me focadinha né ruti?
Porquê que escreves tão bem?!?!
In other news, segundo kant "um moinho e a rute não têm nada de semelhante..." ;)
Enviar um comentário