domingo, 8 de março de 2009

Filmes...

Gostava de te saber contar histórias, que tu não és de grandes devaneios literários. Para ti, não há arte que durma dentro de qualquer palavra, pelo que não faz sentido brincar com a gramática. E eu nunca soube escrever romances, porque a narrativa nunca escorregou por aqui. Sei que os filmes que vivemos raramente são os que queremos realizar. Talvez por isso não consiga transcrever o guião para o papel. O que me faz sonhar é mesmo a fotografia de respirações entaladas que nunca vivi. A película serve apenas para o registo do que quero desenhado no que ainda está para vir. Se bem que o que vem depois do cinema raramente chega para encher a imaginação. Que o céu é sempre escarrapachado em papel de cenário, recheado de nuvens de plástico. Mas fechamos os olhos, de mãos dadas, e é tudo verdade. Sim, somos os actores principais. Somos o filme independente e de baixo orçamento. Somos tudo o que estiveres disposto a ser comigo ao teu lado.

1 comentário:

Marta disse...

princesa das palavras, gosto tanto..