sexta-feira, 3 de abril de 2009

O que custa mesmo são os sonhos que se deixam a meio do caminho e as saudades que se empilham nas prateleiras e se enchem de pó como se o futuro nunca fosse chegar. Continuo com o cabelo comprido, como tu gostas, e não emagreci nem engordei. Estou igual ao que era quando vim embora, para que não me estranhes quando voltar. Mesmo assim, desculpa, que houve coisas que não consegui estagnar. Os dias ficaram maiores mas a partilha, que já não existe, mantém-se inalterada. Ainda assim, o que tenho para ti aqui são só palavras. Isso e as canções que insistem em tocar, para que nunca deixe de saber que existes e estás longe. Nos entretantos, o sol continua a nascer todos os dias e eu passei a acordar mais cedo. Tropeço nos fusos horários trocados, para fingir que ainda dormes na almofada ao lado da minha. Mas a única almofada que se deita na cama onde durmo é a minha e eu sei que tu não vens. Porque, na verdade, estás só à espera que eu volte.

3 comentários:

Inês disse...

que bonito =)

Inês disse...

andas ai as escondidas pah

Catarina disse...

oh rute, que bonito!