domingo, 15 de março de 2009

Dia #5 - Leipziger Büchmesse

Confesso que a chuva quase que me prendia em casa. Sim, contrariamente ao sol esplendoroso de Lisboa, aqui choveu o dia todo. Mas não podia ficar em casa, sobretudo dado que o 16 (o eléctrico que apanho aqui à porta) vai ter direitinho à Messegelände (o parque de exposições). Seria rídiculo. Por isso, lá fui eu. Primeiro pensamento quando cheguei: "ORA TOMA LÁ FIL!". 



Devo dizer que do lado direito há mais um edifício semelhante ao que podem ver do lado esquerdo. Não se iludam, isto é apenas a entrada. Como tal, foi por aquele pavilhão redondo que entrei. €6 de bilhete. Pelos vistos, isto não é o Parque Eduardo VII, o que significa que temos de pagar para olhar para as bancas. Ainda que não me possa queixar dos preços, já percebi que na Alemanha se paga tudo e mais alguma coisa, estilo companhia aérea de baixo custo. Enfim. Lá dentro, a feira ocupa todos os 4 pavilhões ligados ao redondinho. Cada um é maior que um equivalente da FIL, por isso, façam as vossas contas. Daí a possibilidade de poderem comprar bilhetes de 4 dias (quando vi essa possibilidade achei estranho, assim que entrei percebi). O redondinho também faz parte da festa e tem lá espaço de restauração, umas bancazitas e uns espaços para conferências e afins.



Ora vejamos, cada um dos pavilhões tem um determinado tema, embora o seu "recheio" não seja assim tão linear: há o pavilhão internacional, os das editoras "normais", e o dos livros para crianças e banda desenhada. Afinal, as pessoas mascaradas que andei a ver nos dias anteriores eram personagens de banda desenhada e não de videojogos. Parece que há um movimento cultural agressivo em volta da banda desenhada por estes lados. São fanáticos! Especialmente se estivermos a falar de Manga e Anime. De repente, senti-me no Japão. De novo, são fanáticos.


Logicamente, tinha de trazer qualquer coisa. Ainda procurei um Saramago em alemão, mas nada feito. Que até a Macedónia tinha uma banca, mas a Europa deve acabar em França (estamos a falar em termos literários, que encontrei muitos mapas da Madeira e do Algarve).  Apesar de ter feito um circuito não-aleatório por todos os pavilhões, seria impossível ter visto tudo em tão pouco tempo. Por isso já decidi que, no próximo ano, compro o bilhete dos 4 dias. Dado o meu fraco alemão, ainda pensei em trazer um "Der Zahir" do Paulo Coelho (se é fácil de ler em português, é fácil de ler em alemão!), mas depois comecei a pensar que nem em alemão vou querer ler aquilo. Mas, no meio dos montes e montes de livros (literalmente, sim, apesar de também estarem em mesa e prateleiras), encontrei um que me fez sentir em casa - "Nachtzug nach Lissabon" (qualquer coisa como "Comboio de noite para Lisboa"). Não custa nada tentar, não é?  Lembrei-me de que a rapariga que vinha ao meu lado no avião o vinha a ler e que a Estação do Rossio na capa me fez sentir mais perto de casa. Também comprei uma agenda, que não sei a quantas ando e não me posso perder em termos temporais. Estava marcada a €12,95, mas o senhor vendeu-me a €5, Messepreis (preço de feira)!


Ora toma lá, oh Feira do Livro de Lisboa! Meninos é o que vocês são!

5 comentários:

Inês disse...

oh rute não tou a reconhecer qualquer espécie de patriotismo nesse "toma la fil". Acho mal, então =P
e a feira do livro de lisboa é fixe sim!Aiii
"Lisboa Lisboa ohehoh"

Anónimo disse...

Pagar na feira do livro, vá, até admito. Agora, porquê pagar as casas de banho??

efemota disse...

=), bonita agenda

[]JoNnY[] disse...

Se dissesses ao homem que és tuga, ele fazia-te um desconto brutal no livro, ou não =P

Teckload disse...

E pronto ja ta explicado o mito do pessoal mascarado em leipzig. =P boas leituras ***